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Sexta-feira, 11 de outubro de 2024
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Serviço 2º Festival Luiz Carlos Ribeiro Apresentação: 18 de agosto (domingo), às 20h Teatro Cine Teatro Cuiabá - Av. Pres. Getúlio Vargas, 247 - Centro, Cuiabá - MT Ingressos: Grátis Classificação: 16 anos Duração: 60 minutos

Com idealização de Gabriela Gama, que também assina a direção de Labirinto Feminino, integra a programação do 2º Festival Luiz Carlos Ribeiro no dia 18 de agosto às 20h no Cine Teatro Cuiabá.

Serviço 2º Festival Luiz Carlos Ribeiro Apresentação: 18 de agosto (domingo), às 20h Teatro Cine Teatro Cuiabá - Av. Pres. Getúlio Vargas, 247 - Centro, Cuiabá - MT Ingressos: Grátis Classificação: 16 anos Duração: 60 minutos

Foto: reprodução

Com a proposta de explorar o ciclo da violência de gênero em relacionamentos
abusivos e identificar suas diferentes fases, o espetáculo Labirinto Feminino, escrito e
dirigido por Gabriela Gama, que compõe o elenco ao lado do ator Shirtes Filho, será
apresentado na 2ª edição do Festival Luiz Carlos Ribeiro em Cuiabá. A única
apresentação da peça irá acontecer no dia 18 de agosto, domingo, às 20h, no Cine
Teatro Cuiabá. Os ingressos serão gratuitos.
O espetáculo narra a história de uma mulher que está prestes a se casar com o seu
“príncipe”. Porém, o que aparenta ser uma relação amorosa e feliz esconde uma
realidade bem diferente. Por meio de performances e monólogos intensos, dos contos
de fadas até a realidade dos tempos atuais, a peça explora o ciclo da violência
doméstica e como situações de abusos se apresentam de formas diversas, ao mesmo
tempo que discute a importância de combater os feminicídios que resultam na
dizimação do empoderamento feminino.
“O texto é composto por performances que foram criadas a partir de cada estação do
ciclo de violência. Contamos a história desde a mitologia, passando pelos contos de fadas,
e chegando até os dias de hoje. O figurino narra junto com a peça a trajetória das
personagens. A cenografia é minimalista, um espaço neutro repleto de elementos
simbólicos, aludindo ao psicológico de uma vítima de violência. A iluminação, por sua
vez, cria atmosferas diferentes ao longo da peça, ajudando a destacar a transformação
das personagens. Em contraste com a violência, momentos de esperança e de
empoderamento também são destacados”, explica Gabriela.

A diretora e atriz ainda conta que o espetáculo é uma resposta ao aumento de casos
de feminicídio no Brasil. “Apenas em 2023 1467 mulheres morreram, apenas pelo fato
de serem mulheres, uma alta de quase 1% em relação ao ano anterior. Só no primeiro
semestre de 2023, houve em São Paulo um aumento de 34%, assim como agressões,
ameaças e medidas protetivas. São números expressivos que não podem ser
ignorados. Por que querem nos matar? O que podemos fazer para mudar esse cenário?
A peça foi pensada como uma forma de expor a calamidade, assim como um alerta e
uma tentativa de prevenção. Reconhecer o ciclo talvez seja uma das formas de libertar
uma próxima geração dessa que eu chamo de ‘pandemia silenciosa”, enfatiza.

Já o ator Shirtes Filho explica: “Levamos ao palco, em forma de arte, questões atuais,
mas que se parecem antigas, e que a sociedade tem dificuldade em dialogar. Além de
atuar eu sou um grande aprendiz do projeto, como um homem estou procurando
entender melhor essas agressividades que afetam nossa sociedade, principalmente as
mulheres. A peça traz esse espelho, da mulher se identificar no lugar da vítima, por
passar ou já ter passado por algumas das violências apresentadas e o homem no lugar
de reflexão, se em algum momento já replicou frases e ações de violência apresentadas
no meu personagem”.

Importância da apresentação no estado:

A peça é de grande relevância para o Festival, já que segundo o Fórum Brasileiro de
Segurança Pública de 2024, apontou que Mato Grosso foi o estado que registrou a
maior taxa de feminicídios do país, com 2,5 mortes para cada 100 mulheres.
O espetáculo Labirinto Feminino surgiu de uma investigação que Gabriela Gama deu
início em 2018, a partir de uma pesquisa sobre síndrome de Estocolmo e as violências
de gênero, resultando em uma performance chamada Núpcias. Ela diz ter ficado
impactada como a história apresentada, ao vivo, fazia o público interagir e se indignar
com a narrativa. A partir dali intensificou a pesquisa sobre o ciclo da violência, assim
como a linguagem performática surgindo o Labirinto Feminino em forma virtual. O
mesmo trabalho inaugurou o cine teatro Guarani em Manaus em uma mostra de
mulheres cineastas. Em 2023 foi convidada para dirigir a mesma peça em uma versão
de mulheres Trans, surgindo o espetáculo Labirinto TransFeminino. O projeto foi
ampliado com o Labirinto Imersivo uma experiência imersiva em Realidade Virtual em
óculos 360º.

Ficha Técnica
Direção: Gabriela Gama
Assistente de direção: Júlio Oliveira
Atores: Gabriela Gama e Shirtes Filho
Iluminação e operação: Júlio Oliveira
Sonoplastia e operação: Rodolfo Ruscheinsky
Fotos: Karen Malagoli
Produção e Idealização: Faga’s Produções

Serviço
2º Festival Luiz Carlos Ribeiro
Apresentação: 18 de agosto (domingo), às 20h
Teatro Cine Teatro Cuiabá - Av. Pres. Getúlio Vargas, 247 - Centro, Cuiabá - MT
Ingressos: Grátis
Classificação: 16 anos
Duração: 60 minutos

 
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